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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cidadania e Serviço Social


Uma interconexão necessária?

Nossa profissão tem um ideal a lutar...
luta difícil...
dolorosa...
com interesses e impasses políticos...
Mas ainda acredito que a cada dia
a população brasileira tem buscado
os seus direitos, passando a entender
o real significado da palavra 
CIDADANIA.



 
O artigo aborda a questão da cidadania enquanto conjunto de direitos sociais, políticos e civis para a convivência em sociedade e o seu processo de construção ao longo do tempo. Enfoca um olhar do Serviço Social no debate contemporâneo, considerando assim, as condições sociohistóricas que se referem aos direitos enquanto conquistas do homem e a sua legitimação na prática social. O texto discute a construção da cidadania em uma realidade caracterizada pela visão mercadológica, pela mundialização da economia, pelo contexto neoliberal e excludente. Sendo assim, os direitos se situam em um espaço de embates e interesses opostos, mediados pelo conflito capital e trabalho. Envolvem lutas por espaço de poder e estratégias de enfrentamento as diversas manifestações da questão social. Nesse campo essencialmente contraditório, o Serviço Social se insere como profissão socialmente necessária, voltada à defesa intransigente dos direitos humanos e a consolidação da cidadania. Ao mesmo tempo em que existe uma vasta legislação e garantias legais, mas que não se traduz em garantia de direitos efetivos na vida cotidiana.



sábado, 20 de novembro de 2010

Dia Nacional da Consciência Negra


Mais do que um momento de valorizar e dar visibilidade à cultura negra, esta data deve ser dedicada ao combate ao racismo em todas as suas expressões e manifestações; deve marcar a luta pela igualdade real na vida cotidiana e da diversidade humana.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Obesidade Mental

Obesidade Mental
Por João César das Neves
O prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard, publicou em 2001 o seu polêmico livro “Mental Obesity”, que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física decorrente de uma alimentação desregrada. É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente. ”
Segundo o autor, “a nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas; e mais intoxicada de lugares-comuns do que de hidratos de carbono.

As pessoas se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em ensinamentos tacanhos e em condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. ”
“Os ‘cozinheiros’ desta magna “fast food” intelectual são os jornalistas, os articulistas, os editorialistas, os romancistas, os falsos filósofos, os autores de telenovelas e mais uma infinidade de outros chamados ‘profissionais da informação’”.
“Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito. As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os “donuts” da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez.”
“O problema central está na família e na escola. ”
“Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, por videojogos que se aperfeiçoam em estimular a violência e por telenovelas que exploram, desmesuradamente, a sexualidade, estimulando, cada vez com maior ênfase, a desagregação familiar, a permissividade e, não raro, a promiscuidade. Com uma ‘alimentação intelectual’ tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular”.
Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado “Os abutres”, afirma:
“O jornalista alimenta-se, hoje, quase que exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, e de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”
O texto descreve como os “jornalistas e comunicadores em geral se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante”.
“Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais.”
“O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para quê ela serve. Todos acham mais cômodo acreditar que Saddam é o mau e Mandella é o bom, mas ninguém se preocupa em questionar o que lhes é empurrado goela abaixo como “informação”.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um “cateto.”
Prossegue o autor:
“Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se e o folclore virou “mico”. A arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce, entretanto, a pornografia, o cabotinismo (aquele que se elogia), a imitação, a sensaboria (sem sabor) e o egoísmo. Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma ‘idade das trevas’ e nem do fim da civilização, como tantos apregoam. ”
“Trata-se, na realidade, de uma questão de obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.”
@MDD – Quando eu fiz especialização em semiótica, um dos meus professores, em uma conversa informal, me contou que, a pedido de alguns produtores, certa vez foi feita uma pesquisa aqui no Brasil que chegou à conclusão que o brasileiro (uma porcentagem alta, do tipo 80-85%) acredita que, quando um apresentador ou ator/atriz recomenda uma marca em um programa de auditório, ele realmente está fazendo uma recomendação e não um merchandising pago e que realmente usa aquele produto! Dê um salto especulativo e pense em como isso foi usado nas Igrejas Pentecostais… As pessoas não sabem mais nem quando estão sendo manipuladas ou como. É a “preguiça mental” que acompanha a “obesidade mental”

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Previdência Social não é mercadoria é um direito


A Previdência pública não é uma dádiva dos empregadores ou do Estado.
É uma conquista histórica dos trabalhadores, na luta capital x trabalho.
A Previdência que surgiu inicialmente como fruto da solidariedade entre os trabalhadores, passou a ser um direito do cidadão e um dever do Estado, através da ação firme dos seus sindicatos e partidos operários.
Não podemos e não iremos aceitar que esse nosso direito sirva como fonte de lucros de banqueiros.




O que está em jogo nestas tais reformas previdenciárias é subtrair direitos dos trabalhadores, negociando-os com o Capital.
O objetivo é transformá-los em enormes fontes de lucro.
Não é sem motivo que a Previdência privada é o quinto maior negócio do mundo, só perdendo para: indústria automobilística, petrolífera, informática e o narcotráfico.
Não é sem motivo que querem privatizar a nossa Previdência.
Já o fizeram em 11 países da América Latina, sendo que em todos esses países, essa privatização, só serviu para encher os cofres dos banqueiros com enormes prejuízos para os trabalhadores.
Essa Reforma Previdenciária só vai ser concluída se conseguirem dividir os trabalhadores.
Por isso, o discurso utilizado é enganoso.
Num primeiro momento, negam a Previdência como direito dos trabalhadores de terem sua aposentadoria, quando não puderem mais trabalhar.
Transformam-no em um seguro, ao qual só têm direito aqueles que pagaram por ele.
Depois inventam déficits, em contraposição ao real superávit gerado
pela Seguridade Social, negando que a Previdência se baseia na solidariedade.
Por fim, chamam os direitos conquistados pelos servidores públicos de privilégios, eliminando a possibilidade desses direitos serem estendidos aos demais trabalhadores.
Tudo isso para encobrir o único verdadeiro objetivo, que é o de preparar a Previdência Social para a privatização. Como exige o FMI.
A justiça social não se consegue retirando direitos dos trabalhadores, mas, ao contrário, com uma sociedade mais fraterna e solidária.
Esta só será possível ampliando estes direitos.
Era isso que se esperava do Governo Lula.
A Reforma Previdenciária de que os trabalhadores necessitam é uma reforma que inclua os milhões de brasileiros que se encontram na informalidade e desempregados.
É uma reforma que iguale direitos de trabalhadores públicos e privados, da ativa ou não.
 Sem retirar direitos de ninguém.

TEXTO DA FEDERAÇÃO NACIONAL DO FISCO ESTADUAL - FENAFISCO